17.1 C
São Paulo
sexta-feira, 26/07/2024

Covid-19 avança nos frigoríficos. Sindicalistas defendem ações

Data:

Compartilhe:

O aumento de casos de Covid-19 nos frigoríficos preocupa, e muito. No Brasil, na Região Sul, onde se concentra a maior parte dessas empresas, a situação é alarmante. Unidades foram interditadas pelo Ministério Público do Trabalho devido ao alto índice de funcionários contaminados pelo coronavírus.

Pressionado por representantes do setor, o Ministério da Agricultura anunciou Portaria a fim de fixar protocolo único, em todo o território nacional, para o funcionamento dos frigoríficos durante a pandemia. A ideia é barrar a rápida disseminação do vírus e impedir o avanço da doença.

Saúde – As condições de saúde da categoria preocupam as Confederações que representam 1,6 mil trabalhadores da alimentação. Para tanto, a CNTA Afins e a Contac reivindicam participar da elaboração do protocolo.

Segundo Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins, a solicitação foi feita por ofícios enviados dia 1º de junho aos ministérios da Economia, da Agricultura e da Saúde. “No passado, nossa contribuição foi fundamental na elaboração da Norma Regulamentadora 36, que rege o trabalho no setor de proteína animal. Só com nosso conhecimento, e as informações dos trabalhadores, a consolidação das normas se dará de forma séria e a contento”, afirma Artur Bueno.

As entidades têm negociado acordos coletivos de trabalho com diversas empresas, a fim de estabelecer normas para o funcionamento seguro das indústrias. “É crescente o número de infecções nos diversos setores da cadeia da alimentação, sem que haja uma preocupação efetiva da indústria com a contabilização dos casos”, comenta o dirigente.

Distanciamento – Na semana passada, os sindicalistas se reuniram por videoconferência com representantes dos três ministérios e apresentaram as reivindicações. Entre outros itens, eles defendem afastamento dos trabalhadores do grupo de risco e redução do efetivo nas linhas de produção. “É preciso reduzir em 50% a ocupação, sem redução salarial, criando dois turnos de seis horas, ou, então, de quatro horas. Essa é a nossa principal reivindicação”, ele aponta.

Estabilidade de 12 meses para os funcionários contaminados é outra reivindicação, bem como o pagamento de um adicional de insalubridade entre 20% e 40% a todos os empregados, devido ao carácter essencial da atividade.

Comitê – As Confederações também propõem Comitês Tripartites (patronal, trabalhador, governo) nas empresas, pra fiscalizar a aplicação das normas. “A produção brasileira de alimentos está sujeita à ação do coronavírus. Se não formos ágeis e responsáveis agora, poderemos estar criando uma bomba-relógio”, alerta Artur Bueno.

Mais – Acesse o site da CNTA Afins.

Conteúdo Relacionado

Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em setembro e outubro

Cerca de 4,24 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em setembro e outubro podem sacar, a partir desta segunda-feira (15), o valor do...

Empresas do Setor Químico tem até dia 31 para pagar PLR

Por força de Convenção Coletiva da categoria, empresa que opta pelo pagamento único da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) tem até 31 de...

SindForte cobra negociação

O segmento do transporte de valores no Estado de São Paulo está em campanha salarial. A pauta de reivindicações foi eleita após ampla participação...

Sequência de aumentos reais prossegue

Mantém-se alta a tendência de aumentos reais de salário nas negociações coletivas. Os dados vêm do Dieese por meio do Boletim “De Olho nas...

Greve vitoriosa aumenta salário para frentistas de Goiás

Vitória para os frentistas de Goiás. Após 15 dias de greve, com ampla participação da categoria, o Sinpospetro-GO assinou a Convenção Coletiva de 2024....