Pé firme no sindicalismo rural e avanços no meio urbano. Esses esteios sustentam a solidez da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, que completou 16 anos no último dia 12. A entidade é presidida por Adilson Araújo, bancário da Bahia.
Pelos dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego, a CTB é a segunda Central em número de sindicalizados. Para Adilson, “isso se deve à política permanente de estímulo à sindicalização em nossas bases”. O dirigente calcula que, finalizado o cômputo, a CTB terá perto de 1.417 filiados.
Sexta (15), a Central, como resultado do êxito na sindicalização, sorteará um carro às filiadas e um smartphone aos sindicalizados. “E essa campanha vai prosseguir, porque a potência da entidade classista depende de sua ligação com a base”, comenta o presidente.
Nos últimos anos, a Central agregou dois grandes Sindicatos a seus quadros: Comerciários do Rio de Janeiro e Metalúrgicos do Sul Fluminense. No segmento metalúrgico destaca-se também o Sindicato de Camaçari.
Contag – A Confederação dos Rurais é a maior entidade nacional. A entidade desfiliou-se da CUT que, de certa forma, divide hoje a direção com a CTB. “Temos tradição entre o sindicalismo do campo”, afirma Adilson Araújo.
No plano internacional, a CTB vê crescer seu protagonismo. O petroleiro Divaldo Pereira é secretário-ajunto na Federação Sindical Mundial. No ano que vem, a FSM realizará no Brasil a reunião do seu Conselho presidencial, com mais de 50 dirigentes de todas as partes. “E queremos promover um grande encontro sindical no Brasil ainda em 2024”, adianta o dirigente.
Base – Para Adilson, nesses 16 anos, a Central manteve a orientação de se apoiar na base, por meio de campanhas, lutas e sindicalização. Ele diz: “A sindicalização vai seguir e terá prêmios, sim, porque isso significa dividir com o trabalhador o dinheiro que lhe pertence”.
Formação – Segundo o presidente da CTB, “o ano terá ainda mais cursos, encontros e seminários regularmente”. Ele argumenta ser necessário elevar o grau de formação política visando às eleições do ano e principalmente o pleito presidencial de 2026.
Comunicação – Adilson Araújo é um dirigente que considera fundamental o sindicalismo investir em comunicação. O Sindicato da Bahia, que é estadual, publica boletim diário, com 10 mil exemplares. “E nossos diretores distribuem nos bancos e outros locais”, ele afirma.
País – Na condição de uma das maiores economias do mundo, o Brasil não pode aceitar fome e miséria. Por isso, o presidente da CTB apoia as iniciativas do governo de taxar as grandes fortunas, principalmente o dinheiro depositado em paraísos fiscais. Na outra ponta, Adilson defende a isenção do I.R. salarial até R$ 5 mil. O líder cetebista afirma: “Foi compromisso de campanha do Lula com todo o movimento sindical e nós vamos manter vivo esse objetivo”.
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