O Dieese divulgou estudo que aponta alta de 71,6% nos casos de desligamento de trabalhadores por morte, somente no primeiro trimestre de 2021. Em números absolutos, 13,2 mil óbitos foram registrados entre janeiro e março de 2020 frente aos 22,6 mil neste ano.

O avanço maior está entre profissionais da Saúde. Enfermeiros e médicos ampliaram esse desligamento em 116% e 204%, respectivamente. Outras atividades econômicas que apresentaram crescimento nesse estudo foram educação (106%); transporte, armazenagem e correio (95,2%); e atividades administrativas e serviços complementares (78,7%).

Segundo Fausto Augusto Junior, diretor-técnico do Dieese, esse estudo revela que a pandemia atinge diretamente a classe trabalhadora. A pesquisa, que juntou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, poderia trazer um número maior ainda caso fossem considerados os trabalhadores informais.

“A maior quantidade dos desligamentos aconteceu em setores considerados como atividade essencial”, explica Fausto. Para ele, o aumento de mortes é atribuído à falta de políticas públicas no bombate à Covid-19. “O conjunto de atividades foi crescendo com os decretos do próprio governo. É um demonstrativo do quanto a pandemia se abateu sobre os trabalhadores”, diz.

Para o diretor-técnico do Dieese, as empresas também falharam ao não garantir EPIs e na falta de implementação de medidas de distanciamento nos locais de trabalho.

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