Bebel anunciou a realização de uma assembleia virtual da comunidade escolar para decidir sobre o retorno das aulas presenciais
Em São Paulo, o processo de reabertura das escolas do estado em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já matou quase 151 mil pessoas no Brasil, “fracassou”, afirma a presidenta do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a deputada estadual Professora Bebel (PT).
Dois fatores impulsionaram a decisão pela reabertura, segundo Bebel.
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São eles: a pressão das escolas privadas e a proximidade das eleições municipais. É o “poder econômico” que manda no estado de São Paulo, diz a deputada.
O governo de João Doria (PSDB) havia autorizado o retorno às aulas presenciais a partir da última quarta-feira (7) nas cidades que estivessem a pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo.
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Contudo, pelo menos 306 dos 645 municípios do estado já definiram atividades presenciais só serão retomadas em 2021.
Como, neste momento, o retorno é facultativo, tanto para os alunos quanto para os profissionais da educação, a maioria optou por não aderir às atividades presenciais.
Em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual desta terça-feira (13), Bebel afirmou que, como a disseminação da Covid-19 não está controlada, o retorno total das aulas presenciais deixaria cerca de 8 milhões de pessoas – entre alunos, professores e funcionários – expostas ao risco de contaminação.
Na rede pública, segundo dados da secretaria estadual de Educação, 904 escolas estaduais reabriram em 219 municípios, o que representa 17% do total das 5.100 escolas. Mas somente as aulas regulares do ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) foram retomadas.
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Na capital paulista, tanto escolas públicas quanto privadas podem realizar apenas aulas de reforço.
A deputada destaca que, no sábado (10), Doria publicou decreto que estende a quarentena em todo o estado até 16 de novembro. Portanto, a volta dos alunos do ensino fundamental na rede estadual só deverá ocorrer após esta data. Até então, a previsão de retorno era para o dia 3 de novembro.
De acordo com Bebel, a Apeoesp vai promover, no próximo sábado (17), uma assembleia virtual popular regionalizada, com alunos, pais, professores e funcionários para decidir sobre o retorno ou não às atividades presenciais. Se o governo insistir em pressionar pela reabertura das escolas estaduais, o sindicato pode “endurecer” a posição e rever, inclusive, a continuidade das atividades a distância.
Fonte: CUT