No ano passado, com o Auxílio Emergencial de R$ 600,00, pago durante cinco meses, o comércio foi beneficiado. Supermercados, mercadinhos de bairro, outros estabelecimentos que vendem alimentos e farmácias foram francamente favorecidos. Não mais.
Walter dos Santos, presidente do Sindicato dos Comerciários de Guarulhos e Região, critica. “O Emergencial em 2020 ajudou muito as pessoas pobres e a economia, como um todo. O comércio foi beneficiado e os comerciários também. Não senti problemas de desemprego. Agora, fico na dúvida”.
O sindicalista também alerta que “não é papel do Estado acumular à custa da sociedade”. Segundo Walter, o ideal é, nas crises, o governo distribuir renda à população. “Com dinheiro na mão, desde que não seja essa miséria de Emergencial de R$ 150,00, as pessoas aquecem os negócios e o próprio governo ganha, porque arrecada impostos”, pondera.
O argumento de que falta dinheiro ao governo é falacioso. “Ora, o Estado brasileiro é um dos que têm maior volume em reservas. É só investir uma parte”, diz Walter dos Santos.
Para o dirigente, o Congresso Nacional precisa aprovar de novo o Auxílio Emergencial de R$ 600,00. “Deputados e senadores não devem ir na onda do Bolsonaro. Precisam é ajudar a socorrer o povo nessa agonia da pandemia. É papel deles”, arremata.
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