Na última quinta (6), a Polícia Civil do Rio de Janeiro promoveu cenas de horror na comunidade do Jacarezinho, zona norte da capital fluminense. A ação policial teve saldo de 29 mortes.


Segundo a corporação, essa era uma operação contra uma organização criminosa e 28 das vítimas fatais eram suspeitas de envolvimento com o crime.

A Força Sindical divulgou, nesta segunda (10), Nota Oficial em que repudia a ação policial e chama o ocorrido de massacre. Segundo o documento, assinado pelo presidente, Miguel Torres, e pela secretária de Direitos Humanos, Ruth Coelho Monteiro, a Central afirma que isso não é segurança pública.

Para a Força, a polícia repete os erros de sempre quando age sem inteligência, com desrespeito, violência e autoritarismo pra cima da população pobre e trabalhadora.

Leia abaixo a Nota na íntegra.


Ação da polícia no Jacarezinho foi massacre

Nada justifica a ação da Polícia Civil que resultou na morte de 25 pessoas na Favela do Jacarezinho, nesta quinta, 6 de maio de 2021, nem o hipócrita chavão de que era a serviço da “sociedade de bem”.

O que fizeram não é segurança pública. É massacre! O pior da história em uma favela carioca. E passando por cima da determinação do STF que suspendeu operações policiais em favelas do estado durante a pandemia.


A pretexto de se combater crimes e/ou tirar crianças e adolescentes do tráfico, a força policial repete os erros de sempre: age sem nenhuma inteligência, com desrespeito, violência e autoritarismo pra cima de uma população pobre e trabalhadora.

Nosso povo não merece isto. Nosso povo merece viver em paz, com emprego, renda digna, educação, oportunidades iguais e justiça social.

São Paulo, 7 de maio de 2021

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

Ruth Coelho Monteiro
Secretária de Direitos Humanos da Força Sindical