O Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro completou 18 anos em 7 de abril. No dia 18, um café da manhã na entidade vai celebrar a data.
Sócio-fundador, o presidente Eusébio Luis Pinto Neto conta que o Sindicato surgiu da necessidade organizar os trabalhadores em posto de combustíveis, que eram representados por entidades ligadas ao comércio de minérios. “Fui incumbido da tarefa”, ele ressalta.
Para criar a entidade, frentistas enfrentaram muita pressão e retaliação do patronato, inclusive demissão de dois fundadores, que depois foram reintegrados, marcando a primeira vitória no enfrentamento a setores empresariais.
A Carta Sindical foi entregue no dia 6 de novembro de 2007, pelo então ministro do Trabalho, Carlos Lupi. “Apesar disso, enfrentamos uma longa batalha judicial pra poder representar os frentistas na negociação salarial em 2009”, conta o presidente Eusébio.
Muitas vitórias marcam a história da entidade. Eusébio destaca a luta contra as cooperativas clandestinas, que dominavam 40% da categoria. “Com a ajuda da Superintendência Regional do Trabalho e do Ministério Público conseguimos vencer essa luta”, relembra.
Eusébio também lista o fim da terceirização, a proibição de uniformes inadequados às frentistas; e a garantia do adicional de periculosidade aos trabalhadores em lojas de conveniência. Ele conta: “Conseguimos incluir os frentistas no Piso regional, o que representou uma evolução salarial efetiva pra categoria”.
Desmembramento – Atualmente, a categoria é representada no Estado por três Sindicatos. O Sinpospetro-RJ abrange 40 municípios e 15 mil trabalhadores.
“Hoje, temos uma Convenção Coletiva sólida com garantias reais. Mas, pra garantir a Participação nos Lucros e Resultados, tíquete-alimentação, vale-combustível e plano ambulatorial foram necessárias diversas manifestações, com a paralisação temporária nos postos”, afirma.
Desafios – Segundo Eusébio, o maior desafio para os próximos anos será avançar nas conquistas e garantir uma Convenção mais moderna. Outra frente de luta do Sinpospetro-RJ diz respeito ao avanço da tecnologia.
“Estamos criando mecanismos a fim de qualificar e preparar os frentistas para a transição tecnológica no mercado de trabalho. A regulamentação da profissão será importante nesse processo”, observa.
Mais – Site do Sinpospetro-RJ e da Fenepospetro. (Foto: Sinpospetro-RJ)