Petroleiros pressionaram e na segunda (3) a Petrobras anunciou Grupo de Trabalho pra apurar denúncias de assédio. O GT será coordenado pela gerência executiva de Saúde, Meio Ambiente e Segurança e terá até o dia 20 pra apresentar diagnóstico e providências.
Já ficou acertado que serão revistos os processos de proteção às denunciantes e aplicação de punições. Também serão propostas ações de conscientização e prevenção de assédio em toda a companhia.
Segundo dirigentes que integram o Coletivo de Mulheres da Federação Nacional dos Petroleiros (FUP), há tempos a trabalhadoras cobram efetividade no combate a assédios e abusos. A situação foi denunciada em carta a Jean Paul Prates, assim que ele assumiu a presidência da empresa.
Diretora da FUP e do Sindipetro-SP, Cibele Vieira, alerta que um trabalho efetivo requer atuação conjunta Sindicato-empresa. “Infelizmente isso não vem acontecendo, apesar das cobranças constantes”, pontua.
Cibele cita o caso de uma denúncia à ouvidoria da Petrobras, mas a empresa alegou que não havia problema de a vítima trabalhar no mesmo local que o assediador. “Não adianta a empresa fazer campanha pra incentivar a denúncia se ela própria não lida de forma sensata com a situação”, critica. Segundo a dirigente, a situação só foi resolvida após intervenção do Sindicato.
Federação – Para Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, estava mais do que na hora da Petrobras adotar uma atitude frente às denúncias apresentadas. “A empresa é responsável por dar fim a esse tipo de comportamento, punindo os agressores, pra que essas práticas sejam erradicadas do local de trabalho”, afirma.
Mais – Acesse o site da FUP.