A continuidade do Programa de Alimentação do Trabalhador trará alívio e perspectivas para os trabalhadores em refeições coletivas, de bares e restaurantes e também ao setor patronal.
A avaliação é de Paulo Ritz, presidente da Federação dos Trabalhadores em Refeições Coletivas do Estado de SP (Fetercesp). Ele disse à Agência Sindical considerar vitória o relator da reforma tributária, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), garantir que retirará a emenda que prevê o fim dos incentivos fiscais do PAT. “Demos um passo contra retrocesso.
Mas entidades de trabalhadores e patronais tentarão se reunir com o deputado pra consolidar a garantia”, afirma o sindicalista.
Em entrevista do jornal Correio Braziliense, Sabino afirmou que o texto da reforma não fará mais qualquer menção ao Programa de Alimentação do Trabalhador.
“Havia um impacto pequeno em relação ao PAT, mas, sensíveis aos argumentos apresentados por deputados de oposição, decidimos retirar qualquer menção”, disse o parlamentar.
Números – Segundo Ritz, o fim do PAT impacta ampla cadeia. “Não é só o restaurante, o bandejão ou o VR. Há uma cadeia na indústria, no setor de serviços e de outros fornecedores. Entidades calculam que até 100 mil estabelecimentos fechariam”, observa.
De acordo com o presidente do Conselho da ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador), Alaor Aguirre, a preservação do Programa de Alimentação do Trabalhador é uma vitória. “O mais longevo benefício socioeconômico alimentar seguirá ainda mais fortalecido com essa importante decisão consciente do relator”, conta Aguirre.
Urgência – O aumento no preço dos gêneros torna a alimentação ao trabalhador, via PAT, ainda mais necessária. O presidente da Federação argumenta: “Basta ver que voltou à pauta das categorias a reivindicação por cesta básica”. Ele também comenta que o fim do programa traria de volta à cena a “marmita azeda”, que prejudica e humilha o trabalhador.
MAIS – Fetercesp, Força Sindical e Aberc.