A razão cabe a Lula como os massacres genocidas cabem a Netanyahu. Está certo o presidente ao demonstrar sua grandeza e compromisso humanitário, ao se posicionar com independência e profundo compromisso com a vida, em seu discurso na África.
É compreensível que a extrema direita brasileira e a imprensa subordinada aos interesses americanos façam barulho. Afinal, têm feito coro com as posições e ações dos EUA a favor de agrupamentos de extrema direita e neonazistas em Israel, Ucrânia.
O que o exército de Israel tem feito contra o povo palestino é um genocídio e como tal deve ser tratado e combatido. A fraqueza das Nações Unidas frente a esta situação está a exigir uma nova ordem em um mundo multilateral. Uma nova ordem sem submissão às potências militares, capaz de dialogar e combater com veemência genocídios como os praticados por Israel, um massacre que guarda profundas semelhanças com as ações genocidas de Hitler.
A grandeza humanitária de Lula contrasta com a desumanidade de Netanyahu e daqueles que o apoiam. Sua coragem política evidencia a fraqueza e a falta de compromissos com a vida das lideranças mundiais submissas.
Lula fez um discurso histórico e foi aplaudido de pé, no plenário Nelson Mandela, da União Africana, por todos os líderes daquele imenso continente. Em seu discurso, tão comentado pela extrema direita e pela imprensa submissa, a posição histórica do Brasil é realçada, tanto na defesa de um Estado Palestino soberano, nos territórios da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, sistematicamente invadidos por Israel desde 1967. Quanto no papel histórico do Brasil no reconhecimento do Estado de Israel em 1947.
Entretanto, as resoluções e recomendações da ONU não são respeitadas por Israel, que desde 1967 invade e expropria as terras palestina. A sistemática violência, praticada em desacordo com os acordos mediados pela ONU, intensificaram os conflitos. Mesmo quando a Autoridade Palestina adotou posições rumo à paz e à construção dos 2 estados, Israel manteve suas invasões, tendo-as intensificado com a vitória do ultradireitista Netanyahu.
Lula visitou e defendeu no parlamento israelense a convivência pacífica entre os dois estados, o israelense o palestino. Naquela oportunidade, 2010, foi aplaudido de pé. Também visitou a palestina carregando e compartilhando mensagens de paz, de convivência pacífica entre palestinos e israelenses. Atuação radicalmente diferente do governo Bolsonaro, que rompeu com a tradição diplomática brasileira, quando apoiou a agressividade da extrema direita israelense e a geopolítica do governo Trump.
O problema naquela região se chama Netanyahu, líder de uma extrema-direita com fortes características neonazistas. Desconheceu recomendações das Nações Unidas e intensificou as invasões das terras palestinas da Cisjordânia.
Lula se encontra e se posiciona a partir de outro patamar, valorizando nossas relações e o comércio do Brasil com Israel. Busca a paz e se posiciona sempre em defesa da vida e da paz, como o fez quando do atentado do Hamas no ano passado. Lula foi um dos primeiros a condenar e a exigir a liberação incondicional dos reféns israelenses em Gaza.
Lula agiu com presteza solicitando ajuda humanitária para os palestinos na faixa de Gaza. Batalhou pela liberação de um caminho para que o povo pudesse fugir do massacre genocida. Mandou a FAB ir com seu próprio avião buscar famílias brasileiras que fugiam do conflito.
Cabe razão a Lula em seu discurso na África, quando denunciou o genocídio praticado por Israel, defendeu a vida e a paz; destacou a defesa da vida, do direito à alimentação, à água e ao fim dos massacres contra jovens, crianças, idosos. É compreensível, mas inaceitável, a gritaria da extrema direita e da imprensa submissa. Declaramos com veemência nosso apoio e solidariedade à Lula e ao povo palestino e nos colocamos ao lado de quem luta em defesa da vida e da paz e contra o líder genocida de Israel.