METALÚRGICOS ABC – O comando sindical foi persistente e as bases se mobilizaram. O resultado é acordo salarial acima da inflação e preservação dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho. Assembleia aprovou acordo dia 5. Aprovada também a taxa negocial.
GANHO – Reajuste de 9% ante inflação de 8,83% – INPC acumulado no período. Índice será aplicado retroativamente a 1º de setembro, data-base do setor metalúrgico ligado à CUT.
O acordo dos Metalúrgicos do ABC contempla todos os trabalhadores de empresas representadas pelas entidades patronais Sindipeças, Sindiforja e Sinpa, ou seja, 12.5 mil funcionários. No Estado, as três entidades representam cerca de 40 mil empregados.
Demais grupos patronais não avançaram. Porém, a categoria definiu que o índice de 9% é parâmetro para os demais grupos. Os patronais que não apresentarem novo reajuste até hoje (sexta) receberão aviso de greve da Federação Estadual dos Metalúrgicos – FEM-CUT.
Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, conta: “Fizemos dezenas de assembleias em nossa base. Além das assembleias, muito diálogo com os Comitês Sindicais nas fábricas. A proposta dos patrões era parcelar. Nós rejeitamos porque a inflação já tinha corroído os salários. Queríamos acima disso, mas depois de muita negociação foi o reajuste possível diante a crise em que nosso País se encontra”.
O tema da campanha salarial deste ano é “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”.
MULHERES – A coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC, Maria do Amparo Ramos, destaca as cláusulas sociais para as trabalhadoras. Ela diz: “Muitas são mães e chefes de família. A Convenção garante direitos como licença- maternidade de 180 dias e auxílio-creche. Isso é muito importante”.
COORDENAÇÃO – O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra é Marcos Paulo Lourenço – Marquinhos. O coordenador de São Bernardo é Genildo Dias Pereira. Já Antônio Claudiano (o Da Lua) coordena a Regional Diadema.
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