Nesta quarta, várias entidades de classe se manifestam para lembrar os prejuízos, a violência e o retrocesso trazidos pelo regime ditatorial imposto em 1964 pelos militares, com o apoio dos Estados Unidos e do grande capital nacional. O Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região publicou o texto que segue:
“Entre 31 de março e 1º de abril de 1964, um golpe militar derrubou o presidente trabalhista Jango e impôs a ditadura.
O regime de força durou 21 anos. E as principais vítimas foram os trabalhadores, da cidade e do campo. Nosso Sindicato, que estava completando seu primeiro ano, foi invadido por forças policiais. A diretoria foi cassada e sofremos intervenção.
Hoje, extremistas de direita, no governo ou fora dele, ousam exaltar um tempo de repressão, censura, cassações, perseguições, prisões arbitrárias, banimento, torturas e mortes. Um tempo, também, de forte arrocho salarial imposto pelos decretos-leis. O Brasil contraiu uma enorme dívida externa e nós passamos a receber ordens do FMI.
O regime implantou um modelo de desenvolvimento que tirou o povo do campo e inchou as cidades, pra ser mão de obra barata nas empresas, principalmente nas multinacionais. Vale lembrar que uma das primeiras medidas da ditadura foi acabar com a estabilidade no emprego.
A grave onda de violência urbana que atinge o País, ainda hoje, nasceu naquela época. A própria saúde pública era o caos, pois o SUS só veio ser implantado com a Constituição de 1988.
A democracia tem defeitos, mas eles podem ser corrigidos, com o voto consciente, a organização popular e a legítima pressão da sociedade sobre os Poderes da República.
Abrace a democracia, pois no regime democrático a gente respira em liberdade, pensa em liberdade e fala sem repressão. Comemoremos o melhor regime: o regime democrático”.
MAIS – Acesse o site dos Metalúrgicos de Guarulhos.