No governo Bolsonaro, os metalúrgicos ligados à Força Sindical conseguiram manter os direitos das Convenções Coletivas.
Mas o aumento salarial ficou perto de zero: em todos os anos bolsonaristas, a negociação na data-base só obteve 0,4% acima do INPC.
O retorno do Presidente Lula reaviva as esperanças de que voltem os aumentos reais. Eliseu Silva Costa, presidente da Federação dos metalúrgicos de SP, diz: “A volta de Lula é também o retorno da esperança. Esperamos crescimento, emprego e renda”.
Para o sindicalista, “não se deve pensar num governo Lula, e sim no governo de todos os brasileiros, principalmente os trabalhadores”. Essa lógica “de um governo lá e nós cá não é certa”, diz. E arremata: “Vamos apoiar o companheiro, deixando claro que colocaremos nossas reivindicações nos momentos oportunos”.
Campanha – A Federação informa que na última semana avançou a negociação da categoria – cerca de 600 mil em todo o Estado, com data-base em 1º de novembro, mas pagamento a partir de janeiro, com um Abono de 15% ainda este ano. Novos acordos foram assinados com grupos patronais.
Segundo Eliseu Silva Costa, “os acordos assinados até o momento e mais dois com pequenos grupos previstos para o início desta semana devem cobrir mais de 90% da categoria”. Porém, persistem as dificuldades com o chamado Grupo 10/Fiesp e Siamfesp. Com este Grupo, há dissídio coletivo em andamento e previsão de nova tentativa de conciliação, dia 12, no TRT-SP.
Guarulhos – Nesta segunda (28), o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região envia cartas a empresas, solicitando abertura de negociação, buscando fechar acordo coletivo por empresa. “Onde houver negociação, beleza. Onde não houver, adotaremos o caminho da pressão e da luta”, diz Josinaldo de Barros (Cabeça), presidente da entidade.
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