O Sindicato dos Metroviários de São Paulo protocolou na sexta (2) um pedido de instauração de inquérito policial contra a Companhia e representantes do consórcio vencedor do leilão da sede sindical, localizada no Tatuapé, Zona Leste da Capital.

De acordo com a entidade, existem muitas irregularidades que envolvem a venda do terreno dos Metroviários por parte do governo do Estado. Milena Alves Siqueira, diretora da empresa UNI 28, que venceu a disputa leiloeira, é casada com o coordenador da Gestão de Contratos do Metrô-SP, Mauricio Teixeira Soares.

Em Nota, o Sindicato afirma que irá anular o leilão através da queixa-crime. “Outro fato escandaloso chama a atenção.

Dia 3 de maio, foram ao Sindicato uma funcionária da Porte Engenharia (que faz parte do consórcio vencedor) e um representante de uma empresa de demolição. Eles questionaram quais móveis seriam retirados. Ou seja, as pessoas que venceram a licitação já sabiam quem seriam os novos proprietários do imóvel”, denuncia o documento.

Para o coordenador dos Metroviários SP, Wagner Fajardo, a promoção do leilão da sede da entidade em plena Campanha Salarial é um ataque do governador João Doria para dificultar a organização e a ação sindical. “É claramente uma retaliação”, afirma Fajardo.

Sede – Os terrenos que abrigam a sede e a área de lazer foram cedidos em 1980, em sistema de comodato, espécie de empréstimo sem custos. O prédio, inaugurado em 1990, foi construído com as contribuições dos trabalhadores.

Protestos – Desde o anúncio do leilão, os funcionários do Metrô-SP promovem manifestações para alertar à população dos ataques do governo estadual.

MAIS – Acesse o site dos Metroviários SP.