Neste domingo (20), é celebrado o Dia da Consciência Negra. Mas os trabalhadores negros, mais uma vez, não têm o que comemorar. Isso porque o Brasil quase não registrou avanços no que se refere à renda do trabalho para esse segmento da população.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad-Contínua), divulgada pelo IBGE, os negros chegam a ganhar até 40,2% menos do que os brancos por hora trabalhada. Há 10 anos, essa diferença era de 42,8%.
Pardos também sofrem com essa desigualdade, recebendo 38,4% menos do que os brancos. Em média, brancos ganham R$ 19,22 por hora trabalhada, enquanto os negros recebem R$ 11,49 e os pardos, R$ 11,84. Proporcionalmente, para o branco receber um salário mínimo de R$ 1.212,00, precisa trabalhar 63 horas. Já os negros, precisam trabalhar quase 105 horas para atingir o valor.
Educação – A pesquisa mostra também que a falta de acesso à educação superior é um dos fatores que influenciam nessa diferença de renda. De acordo com documento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), nas últimas duas décadas, 65,1% dos cargos de nível superior eram ocupados por brancos. Já os negros e pardos preenchiam 27,3% dessas vagas.
MAIS – Acesse o site do IBGE.