Diante da repercussão do caso das demissões na Pfizer e com a ocupação da sede administrativa da empresa, na Zona Sul de SP, a Nova Central Sindical de Trabalhadores emitiu Nota de repúdio às dispensas dos propagandistas e vendedores da multinacional.
As demissões ocorreram, em todo o território nacional, indiscriminadamente. Inclusive, foram demitidos trabalhadores que possuem estabilidade por ocuparem cargos de dirigentes sindicais, sobre o falso pretexto de que a empresa Pfizer não mais possui as atividades de propaganda e promoção médica.
Na Nota, assinada pelo presidente da Nova Central, Professor Oswaldo Augusto de Barros, a entidade solicita manifestação mais clara da empresa sobre as demissões. Colocando-se como apoio de entidades sindicais na busca por uma solução mais justa e razoável.
NOTA – Leia na íntegra abaixo.
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), entidade que representa milhares de entidades sindicais, representando assim milhões de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, em todos os segmentos, vem a público, de forma veemente, REPUDIAR às demissões ocorridas nos últimos dias de 196 trabalhadores Propagandista, Propagandistas Vendedores e Vendedores de Produtos Farmacêuticos, pela empresa Laboratórios Pfizer LTDA.
As demissões ocorreram, em todo o território nacional, indiscriminadamente, inclusive foram demitidos trabalhadores que possuem estabilidade, sobre o falso pretexto de que a empresa Pfizer não mais possui às atividades de propaganda e promoção médica.
Causa espanto uma empresa que teve um lucro recorde de 37 bilhões de dólares apenas no ano de 2021, com as vendas da vacina contra a covid-19, vir de forma sorrateira com alegações que não condizem com a realidade dos fatos, e iniciar um processo de demissão em massa de toda uma categoria.
As entidades sindicais são uma das poucas linhas de defesa que a Sociedade Civil possui para se contrapor a voracidade atroz do capital e possuem um papel social fundamental, já que são os únicos atores sociais capazes de lutar pelos atuais direitos dos trabalhadores, bem como, por melhorias salariais, condições dignas de trabalho, em busca de novos direitos, contra atos antissindicais e contra demissões injustas. Se ausentes, a exploração não encontrará mais barreiras especialmente em razão de ser o capital, muito mais poderoso e organizado que as forças difusas que atuam do lado do trabalho.
O povo brasileiro e as instituições democráticas não podem jamais se eximir de cobrar o respeito à Constituição Federal e à Leis do país seja por quem for, especialmente por empresas multinacionais bilionárias.
A Nova Central aguarda uma manifestação mais clara da empresa sobre as demissões. A entidade também reafirma que não aceitará jamais a imposição sem escrúpulos do capital sobre os trabalhadores brasileiros. Neste sentido, não medirá esforços para estar ao lado das entidades sindicais que representam as trabalhadoras e trabalhadores demitidos na busca por uma solução mais justa e razoável.
Oswaldo Augusto de Barros – Presidente da NCST.