O presidente Jair Bolsonaro enfim decretou a retomada do Auxílio Emergencial, que será pago a partir de abril. O problema é que, desta vez, o valor é muito menor que o anterior. Além disso, 22 milhões de brasileiros que tiveram acesso ao benefício no ano passado não serão mais contemplados.

Economista do Dieese, Rodolfo Viana nomeia como “Auxílio de Fome” o novo Emergencial. Ele critica: “Esse valor revela a falta de vontade política e inabilidade de Bolsonaro e sua equipe econômica”. Segundo levantamento da entidade, o benefício sequer garante a alimentação básica da população.

Levantamento mensal mostra que o valor da cesta básica supera os R$ 600,00 nas maiores capitais do País. Com o valor aprovado para o Auxílio Emergencial, as famílias pobres não conseguirão comprar nem metade dos alimentos necessários para o mês.

PEC – Rodolfo Viana informa que o governo acatou o mercado financeiro e usou a desculpa de que não poderia ultrapassar o limite orçamentário, por isso o teto estabelecido na PEC 186 (Emergencial) foi de R$ 44 bilhões.

Ele considera como um erro. Bastava negociar novamente a PEC de Guerra, que permite o que o governo libere as despesas sem ferir parâmetros como o teto de gastos, assim como foi feito em 2020. “As regras daquela PEC só vigoraram até 31 de dezembro. A solução seria melhorar o texto e aprovar novamente. Mas o governo não quer discutir proposta que possa beneficiar milhões de brasileiros que vivem na pobreza”, denuncia o economista.

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