A participação industrial hoje no Produto Interno Brasileiro é de 10,4%. O mais baixo de nossa história. Esse quadro precisa mudar e o segmento industrial deve recuperar sua posição na economia. Mas isso só ocorrerá se o Brasil adotar uma política desenvolvimentista, com uma política industrial efetiva e reconverter segmentos da cadeia produtiva. Por exemplo, a fim de produzir equipamentos médicos e insumos hospitalares.
A tese da reconversão industrial foi levantada em entrevista, dia 24 de março, ao Valor Econômico, pelo médico Ubiratan de Paula Santos, pneumologista do Hospital das Clínicas de SP. Sua proposta é de que, durante uma guerra – no caso, guerra contra o coronavírus – a produção industrial deve atender à demanda do momento e, especialmente, a urgências.
A discussão levantada pelo dr. Bira, como é tratado pelos colegas, não é a única ideia contida no artigo de Sérgio Nobre e Miguel Torres, os presidentes da CUT e da Força Sindical, as duas com ampla base industriária. Miguel e Sérgio também apontam a indústria como fator central para a soberania nacional.
Diz o texto: “O cenário atual exige que o governo elabore uma estratégia de reconversão industrial e solucione o desafio colocado pela pandemia, por meio de uma política orientada por missões; ataque a problemas concretos de curto prazo, como a oferta de insumos de saúde; e estruturação da indústria nacional, pra que tenha autossuficiência no médio e longo prazos”.
Unidade – O peso da posição conjunta das Centrais, no sentido de superar a conjuntura drástica, também foi retratado em artigo do consultor sindical João Guilherme Vargas Netto. Ele destaca a nota unitária das Centrais, publicada no dia 19, domingo, mesma data em que Bolsonaro discursou em ato golpista, em Brasília. Segundo Vargas, a força do documento, elaborado com presteza e rapidamente compartilhado, mostra a relevância do movimento sindical por três ângulos: a reação imediata, a correção do conteúdo e o caráter coletivo do pronunciamento.
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