Os petroleiros de Minas Gerais estão em estado de greve desde o dia 8 de julho. A deliberação da categoria é de cruzar os braços a qualquer momento, caso se concretize a venda da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros de Minas (Sindipetro), Alexandre Finamori, não há transparência no processo de venda da Regap e nem diálogo com os trabalhadores.
“Nossa greve é para discutir todos os reflexos da entrega a ‘preço de banana’ da única refinaria de Minas Gerais. Queremos alertar a sociedade para os prejuízos que essa privatização vai trazer ao povo mineiro”, explica Alexandre.
A categoria avalia que um dos impactos negativos à população, caso se efetive a venda da refinaria, será o aumento dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.
Como um exemplo a não ser seguido, os petroleiros apontam a antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia. Após a privatização da RLAM, no final de 2021, a população baiana passou a pagar a gasolina mais cara do Brasil.
Calendário – Além do estado de greve, os trabalhadores de Minas definiram calendário de mobilizações. Nesta sexta (15), a categoria participou de audiência pública, na Câmara dos Deputados.
Com o objetivo de ampliar a denúncia contra a venda da Regap, petroleiros de todo Brasil fazem manifestações na próxima segunda (18). Em Minas Gerais, o ato será em frente à refinaria, às 7 horas. “Faremos ato. Porém, os petroleiros dos outros Estados também farão ações de diálogo em seus postos de trabalho para denunciar a venda da Regap”, conclui Finamori.
MAIS – Página do Sindipetro MG.