Pressão por volta às aulas é inaceitável, afirma Fepesp

0
339
Na foto, Celso Napolitano é entrevistado pelo jornalista João Franzin, da Agência Sindical

Continua o debate em torno das volta às aulas. Governo  de São Paulo e Prefeitura anunciaram o retorno para o dia 7 de outubro. Estabelecimentos de Ensino defendem o retorno. 

Do outro lado da discussão, pensando na saúde dos alunos, seus familiares e dos profissionais do setor, representantes dos trabalhadores da educação, criticam voltar às salas de aulas em plena pandemia. 

É o que defende Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, a Fepesp. Para ele, é ‘inaceitável’ que governos locais cedam à pressão de escolas particulares pela volta às aulas, enquanto ainda estejam aumentando o número de casos de Covid-19. 

Para ele, é inacreditável que governos municipais cedam à pressão do comércio para a abertura de lojas, enquanto as pessoas ainda estejam ficando doentes. “Nas  lojas vai quem quer. Enquanto nas escolas a presença é compulsória. É inaceitável que o governo do Estado, a Prefeitura, aceite essa pressão indevida”, ele afirma.

Celso Napolitano comentou que, apesar de haver adiado uma data tentativa de volta às aulas para outubro, o governo do Estado de São Paulo. “Reforço ou não reforço, aula é aula”, e professores, alunos, pessoal administrativo e toda comunidade escolar estará exposta, disse. 

MP – Na semana passada, o Ministério Público do Trabalho promoveu mediação que deu início à negociação de protocolos, entre a Fepesp e os representantes de escolas da Educação Básica, para que a volta às aulas, se houver, seja realizada com padrões muito rígidos.

Denuncie – O dirigente recomenda aos professores que, se houver chamado para comparecer à escola, procurem imediatamente o Sindicato para denunciar.