Os professores das escolas particulares de Belo Horizonte (MG) iniciaram nesta segunda (6) greve por tempo indeterminado. A categoria rejeitou outra vez a proposta patronal, que retira direitos e não recompõe perdas da inflação. Os docentes reafirmaram a pauta de reivindicações da categoria e ressaltaram que não aceitarão retrocessos.
O primeiro ato da greve foi uma aula pública na manhã de segunda, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Durante o encontro, a presidenta interina do Sindicato dos Professores (Sinpro) Minas Gerais, Thais Cláudia d’Afonseca da Silva, abordou as reivindicações da categoria e criticou a proposta patronal, que precariza a Convenção Coletiva. “Não aceitaremos retrocessos e vamos seguir lutando por melhores condições de vida e trabalho”, ressaltou.
Na terça (7), os professores farão manifestação em frente ao sindicato patronal (Sinepe MG), às 14h30. Nesse horário, está agendada nova rodada de negociação. Já na quarta (8), os professores da rede particular farão assembleia, às 10 horas, no pátio da ALMG, para decidir o rumo do movimento.
Proposta – A proposta recusada prevê retirar o desconto da bolsa de quem atrasar a mensalidade; aumentar o número de situações que permitem reduzir a carga horária dos professores sem ter de indenizá-los; incluir na Convenção uma cláusula chamada de “controle alternativo de jornada”, que cria uma oportunidade para a escola não registrar nem pagar horas extras dos professores; além de tentar dividir a categoria, com a proposta de uma Convenção Coletiva diferente para docentes do Ensino Superior. Em relação ao reajuste salarial, ofereceram apenas 5% para a Educação Básica e 4% para o Ensino Superior, bem abaixo da inflação no período.
Reivindicações – Os professores querem recomposição salarial de acordo com a inflação acumulada e um ganho real de 5%, manutenção dos direitos previstos na Convenção Coletiva, regulamentação do trabalho virtual, entre outros pontos de valorização profissional.
MAIS – Acesse o site do Sinpro MG.