Os ricos ganham na paz e na guerra.
E lucram também na pandemia. É o que indica manchete do jornal O Globo, segunda (28), que estampa: “Renda deve cair em 2021, com aumento só na classe A”.
A projeção da Tendências Consultoria, fonte do jornal, traz más notícias para os mais pobres. Segundo a agência, “com o fim do Auxílio Emergencial, a renda das famílias D/E tende a cair 15,4%”.
Entende-se por classe A família com renda acima de R$ 19,4 mil. A Tendências projeta a seguinte perspectiva para o topo de pirâmide: 0,8% em 2020; 2,7% em 2021; 3,5% em 2022; e 4,6% em 2023. Já para a base social – classes D/E – a projeção é: -15,4%; 1%; 0,8%; 1%.
O agravamento da pobreza está diretamente ligado à redução no valor e ao fim do Auxílio Emergencial. Diz Marcelo Neri, diretor da FGV Social: “De setembro pra outubro, já vimos a pobreza aumentar em 17% com o corte pela metade do Auxílio.
É um trailer do que vai acontecer no ano que vem”.
A Tendências fez também a projeção quanto à desigualdade social, para um período de 10 anos. A agência vê dificuldades em o País reduzir as diferenças de renda entre os mais ricos e os demais segmentos da pirâmide.