Os Servidores Municipais de Santo André (SP) estão realizando diversas paralisações setoriais.
Isto é, um local de trabalho por vez. Essa mobilização foi deliberada em assembleia, conduzida pelo Sindicato da categoria (Sindserv) no dia 17. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste de 7%, de forma parcelada, pelo prefeito Paulo Serra (PSDB).
Segundo informa a entidade, essa proposta foi colocada em votação na Câmara Municipal, através do Projeto de Lei Complementar 10/2022. Além disso, a base governista aprovou o PL do prefeito. Os sindicalistas alegam que foram ignorados e faltou diálogo por parte do governo.
“O mundo do Paulo Serra nas suas lives é muito bonito. Mas no nosso, faltam insumos nos postos de saúde e materiais nas escolas. Ele não está interessado em administrar nossa cidade. Infelizmente, a Câmara virou um puxadinho do Paço”, desabafa o representante legal dos Servidores de Santo André, Durval Ludovico Silva.
De acordo com o sindicalista, a aprovação desse Projeto de Lei representa temas de interesse do governo e não chega nem perto dos anseios dos trabalhadores.
Os funcionários públicos do município pleiteiam um reajuste de 18,44%, conforme estudo elaborado pelo Dieese, que contempla a reposição inflacionária do período da data-base dos últimos 24 meses.
Daisy Dias, diretora do Sindserv, discursou na tribuna da Câmara Municipal durante votação do PL. “Estou indignada, porque é um rompimento da mesa de negociações, que vinha tendo com o próprio secretariado do prefeito. Não estamos pedindo aumento real, pedimos o reajuste integral pela inflação”, explica dirigente.
Ato – No dia 31 de março, haverá um grande ato de toda a categoria no Paço Municipal. As paralisações nos locais de trabalho têm sido usadas como convocação dos Servidores de Santo André. “É possível um novo Projeto de Lei que recomponha a nossa reposição salarial. Mas, para isso, precisamos estar mobilizados e fazer paralisações de protesto”, conclui Ludovico.
MAIS – Acesse o site do Sindserv.