As atividades do setor de serviços sofreram queda no ano passado de 7,8% e superaram a retração de 2016 (-5%). Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), essa é a queda mais intensa da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2012 para esse indicador.
A estabilidade verificada em dezembro (-0,2%) frente a novembro interrompeu seis meses de alta.
Apesar do ganho acumulado de 18,9% em 2020, o volume de serviços ainda se encontra 3,8% abaixo do patamar de fevereiro. Naquele mês, as medidas de isolamento social para controle da pandemia da Covid-19 ainda não haviam sido adotadas.
“Eu esperava uma queda maior”, ironizou Walter dos Santos, presidente do Sindicato dos Comerciários de Guarulhos e Região. O sindicalista cita como exemplos da inoperância da dupla Bolsonaro/Guedes a interrupção do Auxílio Emergencial e não criação de estímulos à economia.
Para Walter, o descompromisso governamental atinge diretamente os trabalhadores ativos e inativos, impacta na economia e traz desalento aos cidadãos.
A liderança aproveitou para criticar ainda o governador do Estado de São Paulo, João Doria, sobre a falta de vacinas para Guarulhos. “Sem vacina a situação deve piorar neste ano”, prevê.
De acordo com o levantamento do IBGE, os setores que mais impactaram essa queda são os ligados às atividades presenciais. Ou seja, aquelas mais afetadas pelas medidas de combate à pandemia causada pelo novo coronavírus. Entre eles estão os serviços prestados às famílias (-35,6%), os profissionais, administrativos e complementares (-11,4%) e os transportes (-7,7%), que tiveram quedas recorde no período.
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