A proposta econômica apresentada pelos representantes das mantenedoras das instituições de ensino superior privado foi sumariamente rejeitada na sessão de negociação desta quarta (6), pela comissão negociadora dos Sindicatos, coordenada pela Fepesp – Federação dos Professores do Estado de São Paulo.

O patronal ofereceu reajuste de 3%, a ser pago a partir de abril, com abonos de 15% pagos em agosto e 15% em outubro, que não são integrados ao salário. “Esse patamar é baixo ao extremo”, diz Celso Napolitano, coordenador da comissão de negociação e presidente da Fepesp. Ele completa: “Essa proposta é ofensiva, inadmissível, e foi recusada de pronto”. O acumulado da inflação nos últimos 12 meses atingiu 10,57%. Data-base é 1ºde março.

Os Sindicatos e as mantenedoras devem voltar a se encontrar em nova rodada de negociações dia 13. “Essa proposta sugere uma intenção de postergar o acordo. Isso não nos interessa”, afirma Napolitano.

Direitos – Em assembleias realizadas entre os dias 31 de março e 4 de abril, os educadores rejeitaram propostas de cortes em direitos estabelecidos em Convenção Coletiva.

O setor patronal sugeriu a eliminação da garantia semestral de salários, corte em 50% nas bolsas de estudo, flexibilização de férias e recesso, redução de carga horária, entre outras. Os negociadores dos Sindicatos já haviam recusado discutir essas ideias antes de receber uma proposta econômica.

Mobilização – Os Sindicatos preparam sessões de esclarecimento e mobilização junto a professores e pessoal administrativo, conforme foi discutido nas assembleias. Aos trabalhadores: fiquem atentos aos avisos de sua entidade sindical.

“Vamos discutir as formas de pressão diante das mantenedoras. Não deixe de comparecer às reuniões de esclarecimento ou assembleias convocadas pelo Sindicato”, conclui Celso Napolitano.

MAIS – Acesse o site da Fepesp.