No momento em que aumentam as contaminações e mortes pelas variantes do Corovavírus, é imprudente retomar aulas presenciais. O alerta, feito, refeito e replicado várias vezes, é da Fepesp – Federação dos Professores do Estado de São Paulo.
A entidade é presidida por Celso Napolitano, também da direção do Sinpro-SP.
A Fepesp tenta dialogar com autoridades.
Dia 31 de janeiro, encaminhou ofício ao Secretário de Educação, Rossieli Soares da Silva, referente “à retomada de aulas presenciais, ano letivo 2022”.
Dia 2, a Federação enviou Carta para Ghisleine Trigo Silveira, presidenta do Conselho Estadual de Educação, referente a “adiamento do retorno às atividades presenciais”.
Celso Napolitano considera prudente e eficaz retardar o retorno por 15 dias. “É preciso ganhar tempo pra aplicar mais vacinas, dialogar com as famílias das crianças e esclarecer o segmento contrário à vacinação”, argumenta.
O professor vê má vontade no Secretário Rossieli. Critica: “Durante toda a pandemia, apesar dos nossos inúmeros pedidos, ele nunca recebeu a Federação ou os Sindicatos. Só falou com proprietários de escolas particulares ou pessoas que agem diferentemente do que a ciência recomenda”.
Ministério – O improviso no Ministério da Educação é agravante. “Não temos política, não há orientação oficial, jogam na confusão”, diz o professor, que também se mostra preocupado com a falta de testes. Ante esse quadro, ele afirma: “Peço a quem tem fé que reze”.
Celso Napolitano alerta que, a persistir o descaso, o surgimento de um foco, numa das 11 mil escolas infantis particulares do Estado, será questão de tempo.
SINPRO – O Sindicato, em SP, faz atendimento presencial das 10 às 16 horas. O atendimento online foi implantado no ano passado e segue. Federação representa 24 Sindicatos.