As Confederações CNTA Afins e Contac-CUT, que representam mais de 1,6 milhões trabalhadores na indústria da alimentação, se reuniram sexta (2) com Sindicatos e Federações filiados.
A pauta do encontro foi a campanha de valorização da categoria. A previsão é que os materiais fiquem prontos até o dia 9 para fazer o lançamento dos materiais, com data a definir. O objetivo, segundo Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA, é alcançar o maior número de pessoas.
“Os trabalhadores da alimentação são considerados essenciais. Mas qual valor é dado pra eles? Na nossa avaliação essa valorização está muito aquém do necessário.
O mínimo que tem que ter é o Piso da categoria”, ele afirma.
Na pauta da campanha está a defesa de Piso salarial de R$ 2 mil.
“Estabelecer esse Piso é muito importante pra quem entra e pra quem ganha mais. Com isso, conseguimos elevar os demais salários”.
Outra demanda segundo Artur é a garantia de emprego. “Os trabalhadores que estão afastados estão retomando aos seus postos e funções. Queremos garantias e saber como será feito esse retorno de modo a preservar os empregos”, ele afirma.
Os sindicalistas também vão reforçar a reivindicação por medidas de segurança e proteção mais efetivas durante a pandemia. Entre elas, distanciamento físico de dois metros entre os funcionários na linha de produção com a redução de 50% do número de trabalhadores por turno; testagem de todos os empregados na retomada das atividades e troca diária de máscaras de proteção.
“A indústria da alimentação foi um dos setores que mais lucraram na pandemia.
É inaceitável que a saúde dos funcionários seja renegada e colocada em segundo plano”, critica Artur.
Protesto – No dia 24 de setembro, os trabalhadores realizaram protesto em frente à Bolsa de Valores de SP contra a proliferação da Covid-19 nos frigoríficos.
A ação faz parte de campanha mundial, organizada pela CNTA e Contac-CUT em parceria com a UITA (União Internacional dos Sindicatos da Alimentação). O objetivo é alertar sociedade e investidores sobre o drama vivido dentro das fábricas, diante do descaso e da negligência das empresas.
Mais – Acesse o site da CNTA Afins.