19.5 C
São Paulo
terça-feira, 13/05/2025

Ex-ministro Magri vai de Lula

Data:

Compartilhe:

O trabalhador deve votar em candidatos afinados com as demandas da sua classe, a inclusão social e a preservação de direitos trabalhistas. E evitar votar em quem só faz promessas, mas na hora de governar favorece os ricos e sacrifica pobres, trabalhadores, mulheres e minorias, como a população negra, por exemplo.

Quem diz isso é um vigoroso homem de 82 anos, que já foi braçal, líder sindical e ministro de Estado. E trabalha até hoje, na assessoria a entidades sindicais de trabalhadores.

Seu nome é Antônio Rogério Magri, paulistano do Cambuci, torcedor do Palmeiras, casado desde a juventude com Izabel. É pai de dois filhos, tem netos e bisnetos.

ENTREVISTA – Na quinta (15), ele participou da live semanal do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, conduzida pelo jornalista João Franzin, coordenador da Agência Sindical.

TRECHOS PRINCIPAIS:

LULA – “Eu o conheci em 1977. Na época eu já era dirigente dos Eletricitários do Estado de São Paulo. Ajudei naquela greve e lá vi um líder que me impressionou. Era o Lula, então bastante jovem”.

BOLSONARO – “Esse aí não tem coração. Não se emociona com o drama das pessoas. Seu governo é uma tragédia, com tanto desemprego, ataques a direitos e miséria pra todo canto”.

CONGRESSO – “Precisamos eleger gente nossa, que entenda o que é um trabalhador, o que é viver com salário apertado, o que é procurar emprego e não encontrar, o que é ver contas chegando e não ter como pagar”.

JUDICIÁRIO – “Esse poder vive dentro de uma bolha. Não tem vínculo com a realidade. Eles não sabem o que é pegar ônibus lotado. Sair de casa às cinco da madrugada e só voltar à noite. Vivem numa bolha”.

RELIGIÃO – “O fator religioso não pode ser obstáculo à tomada de consciência do cidadão. Eu sou católico, sou um homem de profunda fé em Deus. Mas isso não me aliena dos problemas sociais e dos dramas humanos. Pelo contrário”.

BANCADAS – “É bancada disso, bancada daquilo. Na hora de votar, aprovam a reforma trabalhista, a previdenciária, cortam direitos dos mais pobres, reduzem políticas públicas de inclusão”.

SINDICATO – “Tentaram destruir o sindicalismo, mas o movimento sindical resistiu. Cortaram receita das entidades dos trabalhadores. Mas no Sistema S, que é patronal, os governantes não tiveram peito de mexer”.

DIRIGENTES – “O sindicalismo tem que preparar seus dirigentes pra que eles possam ser vereadores, deputados ou mesmo presidente da República, como é o caso do Lula. O sindicalismo tem gente muito boa”.

POLÍTICA – “Tem que ser na base do diálogo, da negociação e da pressão, mas sem imposição, gritaria e baixaria. A lógica da negociação é nem oito nem oitenta. Pra isso, existe a boa negociação”.

CORAÇÃO – “O político precisa ter alma, coração, ser um servidor do povo e da Nação”.

OPÇÃO – “Pra presidente, sou Lula, com total tranquilidade. Jair Bolsonaro nunca trabalhou, foi expulso do Exército porque queria pôr bomba em quartéis. Ele vive da  política e levou seus filhos pra esse caminho também. Bolsonaro é incompetente e vagabundo”.

INFORMAÇÃO – “Eu sei que a vida dura e corrida do trabalhador dificulta que tenha informações mais seguras sobre os candidatos. Mas é preciso se informar e escolher a chapa desde já: do deputado estadual ao presidente da República.”

MAIS – Acesse o Canal da Agência Sindical no YouTube.

 

LEIA TAMBÉM:

AVANÇAM OS ESFORÇOS CONTRA O ASSÉDIO ELEITORAL

DEFESA DO VOTO ÚTIL GANHA APOIO DAS CENTRAIS SINDICAIS

CRESCE GREVE DOS FRENTISTAS DE GOIÁS

DESENVOLVIMENTO E MERCADO DE TRABALHO

Conteúdo Relacionado

Privatização explica morte no metrô de SP

Acidentes são cada vez mais comuns no metrô de SP. Terça (6), Lourivaldo Nepomuceno, funcionário de supermercado, morreu preso entre a porta da plataforma...

Vitória no TST beneficia 10 mil no Ceará

Sindicato dos Frentistas do Ceará (SinpospetroCE) saiu vitorioso no Tribunal Superior do Trabalho, em julgamento alusivo à Campanha Salarial de 2021. Vitória beneficia cerca...

Movimento contra escala 6×1 ganha força

Centrais Sindicais e Movimentos Sociais se unem em prol do “Plebiscito Popular 2025”, iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Proposta é...

Em família com quatro, todos estão empregados

Vigilante aposentado, e ainda vendendo saúde, “Zelão” vive a melhor fase da sua vida. Trabalha numa empresa na jornada 12 x 36, alcançando renda...

Senado debate jornada de 36 horas

Dirigentes sindicais, ativistas e lideranças políticas se reuniram no Senado, Brasília, dia 9. Sessão Especial celebrou o Dia do Trabalhador e defendeu redução da...