A Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) lançou Nota em crítica ao anuncio do governador João Dória sobre as novas restrições no Estado de SP. Para a Fepesp, o governo “deverá ser responsabilizado – se não criminal, ao menos moralmente – pelos casos de contaminação, com necessidade de hospitalização, e pelos óbitos que vierem a vitimar os profissionais de escolas particulares, pela exposição desnecessária e inconsequente ao coronavírus”.

Na avaliação de Celso Napolitano, essa medida dá carta branca para escolas particulares abrirem na pandemia. “É lamentável. O governo dá mau exemplo, desrespeita decisão judicial que barra aulas presenciais na crise sanitária e mostra que seu interesse não é humanitário, mas político”, afirma o dirigente.

A Fepesp já notificou oficialmente o setor patronal (Feeesp e Sieeesp) sobre a decisão que barra aulas presenciais na pandemia. “Não cumprir, seja patronal, seja governo estadual, é crime!

”, declara a Federação.

Pandemia – O Estado de São Paulo alcançou a maior média móvel de mortes de toda a pandemia. O índice superou o recorde de agosto de 2020, quando o registrou 289 mortes diárias pelo terceiro dia seguido.

Mesmo assim, o governo vinha mantendo escolas e universidades abertas. Para enfrentar a situação, foi anunciado, entre diversas outras medidas, a antecipação do recesso escolar de abril e outubro para 15 a 28 de março.

As aulas presenciais nas escolas estaduais serão suspensas e as unidades ficarão abertas apenas para merenda dos alunos e retirada de chips de celular a partir do dia 15 de março.

No entanto, o fechamento das escolas municipais e privadas, receberam apenas recomendação que seja cumprido. Pelas regras do Plano São Paulo, as instituições podem receber alunos presencialmente, respeitando o limite de 35% da capacidade total.

MAIS – Acesse o site da Fepesp.