Hora de reivindicar – Josinaldo José de Barros 

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Nem todos os setores da economia estão bem. Mas, no geral, a situação melhorou. A razão pra essa melhora é que agora temos governo. Temos um presidente da República que governa, orienta seus ministros e cobra resultados.

No plano externo, o Brasil voltou a participar dos grandes eventos políticos e fóruns econômicos. Não só participa, mas fala e nossa voz é ouvida com respeito.

Errou quem apostou no caos, na disparada do dólar e no repique da inflação, que assustariam o mercado e espalhariam a insegurança entre a população.

O que Lula fez de espetacular? Nada de extraordinário. Apenas foi capaz de restabelecer a normalidade política, jurídica e econômica. E isso é muito, perto do desgoverno que havia antes, e que nós derrotamos nas urnas.

Lula resgatou o papel do Estado ao ampliar políticas públicas e ações de inclusão social. Isso vai da melhora no valor do Bolsa-Família ao aumento nas verbas à pesquisa científica; da retomada do Farmácia Popular ao Programa Desenrola, que limpará o nome de milhões.

Lula também cortou o imposto de renda sobre os salários. Antes, havia desconto a partir de R$ 1.980,00; agora, só se desconta a partir de R$ 2,6 mil. Ainda é insuficiente. A promessa é de que ao fim do governo haja isenção para salários até R$ 5 mil.

Converso com trabalhadores e percebo que estão mais aliviados. Negociamos com empresários e o que a diretoria do Sindicato constata é um ambiente mais seguro aos negócios. Essa volta à normalidade tem um efeito coletivo real. A própria categoria aumentou sua confiança no Sindicato, o que pode ser medido pelo engajamento nas mobilizações e aumento na sindicalização.

Empresários que queriam o fim da proteção trabalhista deram um passo atrás. E muitos já dialogam. Um dos resultados disso é o aumento nos acordos de PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados). Temos fechado muitos acordos com ganho real.

A normalidade de um País também ajuda a normalizar suas organizações. O sindicalismo é uma delas. E o que é normal no movimento sindical? Defender o emprego, lutar por aumento, buscar mais saúde e segurança e reivindicar.

É hora de reivindicar. E o Sindicato faz isso com os pés no chão. Sabemos que ainda há empresas em crise, outras estão equilibradas e tem aquelas que faturam alto. Nestas, principalmente, já estamos acelerando a mobilização, com assembleias e pautas.

Durante os quatro anos daquele governo medonho, a classe trabalhadora engoliu em seco. Agora, com a volta da normalidade, voltam também as reivindicações. Afinal, reivindicar é normal.

Juros – O que continua anormal? A taxa Selic do Banco Central e os juros cobrados no mercado. Mas isso vai mudar. Aliás, estamos lutando pra isso, pois juro baixo estimula investimentos, acelera a produção, gera empregos e aumenta a renda da população.

Josinaldo José de Barros (Cabeça)
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região.
Diretoria Metalúrgicos em Ação

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