Os papéis do Estado – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

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Dia 2, o presidente Lula anunciou que o BNDES vai liberar R$ 1,3 bilhão pro Rodoanel. Para a conclusão da obra, que beneficiará todo o Estado, mas principalmente terá impacto na Grande São Paulo. O trecho Norte do Rodoanel tem 44 quilômetros – a obra total tem 177.
No dia anterior, o Presidente anunciou junto ao governador do Estado de SP recursos para construir um túnel que deve unir Santos e Guarujá – obra que dinamizará a mobilidade e a economia da região, onde se localiza o principal porto brasileiro.
Em 22 de janeiro, o governo federal divulgou o Nova Indústria Brasil, um projeto amplo, que visa à neoindustrialização. Na prática, fortalecer a indústria nacional e dinamizar as amplas cadeias produtivas ligadas ao setor industrial. Para os trabalhadores, claro, esperamos mais empregos e aumento na renda.
Ainda na semana passada, a taxa Selic caiu mais 0,5%. Essa queda tem sido moderada, mas contínua. Juros menores tornam o crédito mais acessível para famílias e empresas. Registro aqui a intensa pressão do sindicalismo contra os juros altos do Banco Central. A redução é um avanço, mas a Selic deve cair mais.
Na Educação, registro dois avanços. O aumento no Piso do Professor, que subiu pra R$ 4.580,52, e o importante programa “Pé de Meia”, que forma poupança pra alunos do ensino médio. O objetivo é estimular a conclusão dos cursos, com a redução da evasão escolar. O “Pé de Meia” pode beneficiar até 2,5 milhões de jovens.
Não vou fazer um relatório das medidas adotadas pelo governo. Meu objetivo é mostrar como a boa condução do Estado por um governante verdadeiramente patriota pode beneficiar o conjunto da sociedade. Afinal, qual o papel do Estado? É, acima de tudo, zelar pela condição de vida dos cidadãos e proteger a economia nacional.
Os neoliberais ficam nervosos quando o Estado age, investe, estimula o setor produtivo, incentiva a ciência e a tecnologia. O programa Nova Indústria, por exemplo, visa criar um forte núcleo produtivo no setor médico. Somos País com 210 milhões de habitantes, mas no começo da pandemia da Covid-19 faltou até álcool gel, porque o “espessante” tinha que ser importado!
Essa conversa neoliberal de que o Estado sufoca o mercado é furada. O Estado, quando bem dirigido, fortalece o mercado interno, valoriza o setor produtivo, estimula a geração de empregos e ajuda a melhorar a qualidade de vida da população.
O Estado é ruim quando censura, persegue e se mete na vida privada do cidadão. E foi isso que fez a ditadura. Já o Estado Democrático de Direito atua dentro da Constituição. O Estado Democrático é uma conquista civilizatória, que a sociedade tem condições de tornar melhor a cada dia, por meio de leis justas e medidas corretivas gradativas.
Josinaldo José de Barros (Cabeça) – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Diretoria Metalúrgicos em Ação