Gustavo Henric Costa (Guti) é o prefeito de Guarulhos, segundo município do Estado de São Paulo. Dia 29 de novembro, ele foi reeleito. Dia 16 de dezembro, sem qualquer prévio aviso, mandou Projeto à Câmara, que extingue a Proguaru e desemprega 4,6 mil Servidores.
Os Servidores reagiram. Ainda no dia 16, o Sindicato dos Servidores Municipais (Stap) alertou em Carta Prefeito e Vereadores: “Não cometam esse massacre contra os trabalhadores e suas famílias”. Diz a Carta, “diariamente, o ano todo, de domingo a domingo, 24 horas por dia, os Servidores da Proguaru trabalham por nossa cidade; esse trabalho ficou ainda mais pesado por causa da Covid-19”.
Na manhã do dia 17 (quinta), o Sindicato visitou as Regionais da Proguaru e os Servidores passaram a se deslocar ao Centro, para ato em frente à Câmara, que começava a debater o PL 2.745/20. Mais de duas mil pessoas participaram. O ataque aos 4,6 mil Servidores – média salarial de R$ 1.400,00 – atinge também suas famílias. “A maldade afetará mais de 18 mil pessoas. Esses companheiros serão empurrados pra miséria”, critica Pedro Zanotti Filho, presidente do Sindicato.
Basicamente, os Servidores da Proguaru são operacionais. A Carta relata: “Na limpeza de ruas e praças; na limpeza das unidades de saúde; nas entradas de escolas; metendo a mão na sujeira; tapando buraco; consertando bueiro – todo dia o cidadão guarulhense testemunha esse trabalho duro e incansável dos companheiros”. Na pandemia, eles são linha de frente na limpeza e higienização de Unidades Básicas de Saúde e outras instalações da rede pública.
Até o final da tarde de ontem, seguiam os debates na Câmara, onde o prefeito Guti costuma ter maioria. De todo modo, a luta não se esgota no Legislativo. Advogado do Stap, o dr. Marcelo de Campos Mendes Pereira afirma: “Esperamos que o prefeito reveja essa desumanidade. No entanto, há meios judiciais, e nós utilizaremos todos os recursos cabíveis”.
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