Nesta semana, além da Ford anunciar o encerramento de sua produção industrial no Brasil e colocar mais de 5 mil trabalhadores à beira do abismo, o Banco do Brasil também anunciou fechamento de agências e corte de funcionários.

De acordo com a estatal, serão 112 agências bancárias, além de 242 postos de trabalho, e cerca de 5 mil funcionários que deverão ser desligados até fevereiro.

O Jornal Brasil Atual desta quarta (13) recebeu o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga. O sindicalista afirma que o banco aproveita o crescimento do atendimento digital para justificar o fechamento de agências, mas nem todos os clientes têm acesso aos meios virtuais.

“Estamos no meio de uma pandemia. O atendimento digital vai aumentar, mas é possível perceber a quantidade de pessoas que buscam atendimento nas agências”, critica Fukunaga. Para ele, os principais prejudicados por essa mudança serão os agricultores familiares, micro e pequenos empresários, idosos e correntistas de baixa renda.

Lucro – O representante dos trabalhadores afirma que em 2020 o Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 17 bilhões, com crescimento de 122% em comparação com 2019. O dirigente avalia que essa não é uma justificativa aceitável para os cortes.

Mais – Assista ao vídeo da entrevista. Clique aqui.