Sindicatos de trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), filiados à Federação Interestadual da categoria (Findect), divulgram nesta quarta (15) o calendário de mobilizações da Campanha Salarial deste ano. Serão realizados atos, plenárias e jornadas de lutas.
Greve nacional também está prevista, caso as negociações não avancem.
A campanha dos funcionários da ECT deste ano se desenvolverá em meio às crises econômica e social no País, agravada pelo descontrole da inflação e da carestia, que afeta milhões de brasileiros.
Segundo a Findect, a direção dos Correios e o governo Bolsonaro insistem em atacar os trabalhadores com péssimas condições laborais, redução do efetivo, arrocho salarial, terceirizações e ameaça de privatização da empresa.
O presidente da Federação, José Aparecido Gandara, ressalta que é fundamental a participação de toda a categoria na campanha salarial pra fortalecer a mobilização e conquistar as reivindicações.
“Em pouco mais de três anos de governo Bolsonaro a inflação já ultrapassou 13%, apenas nos últimos 12 meses. Exigimos do governo Bolsonaro a reposição da inflação acumulada em seu governo e aumento real nos salários”, afirma Gandara.
Para o vice-presidente da entidade e líder do Sindicato da categoria em São Paulo, Elias Cesário (Diviza), uma das principais lutas será pela conquista de direitos históricos que foram retirados dos trabalhadores.
“Os índices de inflação já são piores do que no ano passado.
Sabemos que será uma campanha difícil, em função da inflação alta, do custo de vida crescendo. Temos também uma preocupação muito grande em reconquistar os direitos roubados por esse governo e ampliá-los. Os Sindicatos e trabalhadores da base da Findect estão mobilizados para fazer uma campanha salarial vitoriosa”, destaca Diviza.
Eixos – A campanha salarial nos Correios tem como principais reivindicações o reajuste integral do INPC do período de 1º de agosto de 2021 a 31 de julho de 2022 mais R$ 300,00 de aumento real; vale-alimentação/refeição de R$ 50,00; vale-cesta de R$ 600,00; volta do vale-cultura no valor mensal de R$ 50,00; retorno dos 70% de férias; contratação por concurso; e a reconquista de direitos e benefícios retirados nas últimas campanhas.
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